Soneto cego

31/08/2022

Ó belos olhos encantadores sois,

De olhares longos, macios e perdidos,

De veras seres incompreendidos,

No calor de somente os dois.


Oh, sim quanta saudade sinto,

Das coisas ruins que me fazeres ver,

E as boas coisas que me ensinares a crer,

Se dizeres que não lhe quero... minto.


Mas, eis que sem vocês eu vivo,

Mesmo sabendo de quanto vos preciso,

Terei que crer e acreditar sempre,


Assim estou como alguém que nada sente,

De forma que não vivo, somente me martirizo,

Até o dia em que puder ver novamente.