#Resenha: A Ira dos Anjos

09/01/2023

Li pela segunda vez o romance "Ira dos Anjos" de Sidney Sheldon. Não posso afirmar que minha análise seja totalmente isenta, pois sou fã do autor. Embora este seja o título que menos aprecio entre todos os textos que já li dele.

A Ira dos Anjos conta a história da advogada Jennifer Baker. A história tem início com a protagonista conseguindo um lugar na Promotoria Distrital de Manhattan, em Nova York, disposta a lutar por justiça. Sua brilhante carreira, no entanto, tem uma breve ascensão - tempo suficiente apenas para cair em uma armadilha durante o primeiro julgamento no qual participa. De repente, a jovem vê seus planos irem por água abaixo e sua vida sofrer uma inesperada reviravolta: além do risco de ter sua licença cassada, ela ainda pode ir para a cadeia. 

 Esta parte é breve no roteiro e o que resta é dividido entre a superação de Jennifer, que se torna uma talentosa advogada criminalista, e dois relacionamentos. O primeiro é com o advogado Adam Warner, que está em vias de seguir carreira na política para se tornar presidente dos Estados Unidos, e o segundo é com o chefe da máfia Michael Moretti.

Com Adam ela vive uma grande história de amor. Ele está casado, mas se prepara para se divorciar e ficar com a amante. Em meio a campanha para o senado, ele decide esperar as eleições. Nesse tempo a sua esposa engravida e ele abandona Jennifer, sem saber que amante também está grávida.

Em meio a sua solidão e tristeza, ela tem um filho em segredo. Moretti reaparece. No início, ela é reticente, mas, posteriormente, um cliente que é um psicopata sequestra seu filho e, na desesperança, ela pede socorro a Moretti, que mata o sequestrador e resgata a criança. A partir dai ela passa a ter um caso amoroso com o mafioso.

Com o novo romance, ela muda sua postura e passa a defender os criminosos da máfia. Tudo isso segue seu curso de forma que ela vai se envolvendo cada vez mais com o bandido e com a máfia.

No fim, ela faz uma viagem para um encontro de advogados. Reencontra Adam, tem uma noite de amor com ele. Depois, ainda na viagem, seu filho sofre um acidente e bate a cabeça com força e mais tarde morre.

Ainda chorando a morte do filho, descobre que Moretti tem conhecimento dela e de Adam. O resto fica para você descobrir ao ler o livro.

Como falei inicialmente, este não é o meu romance favorito de Sidney Sheldon, mas, ainda assim, não pode ser ignorado. Acho que ele tem muitas tramas paralelas que não interferem diretamente na história principal, fazendo com que o romance seja longo, quase que inutilmente.

Apesar de minha advertência, recomendo-o sem hesitação. É como recomendar um vinho de uma adega famosa: mesmo não sendo a melhor safra, ainda é melhor do que a maioria no mercado.