O tempo que acaba
14/06/2023
Às vezes, perdemos tempo sem perceber a preciosidade que ele carrega. Como seria diferente se soubéssemos que aquele abraço seria o último? Quanto mais intenso e demorado seria esse gesto, como se buscássemos registrar na memória cada segundo de carinho compartilhado. O tempo se estenderia, nos permitindo mergulhar naquele momento único e valorizar a presença de quem amamos.
E aqueles jogos de futebol com os amigos da rua? Se soubéssemos que aquele seria o último encontro para bater uma bolinha, certamente teríamos aproveitado cada segundo com mais fervor. Cada passe, cada gol, cada risada teriam uma magnitude especial, uma sensação de despedida que nos levaria a abraçar cada momento com intensidade e gratidão.
E que tal aquela piada sem graça que, se soubéssemos, nunca mais seria contada? Talvez tivéssemos rido com mais vontade, como se fosse a última vez que o riso pudesse ecoar. Cada risada se prolongaria, deixando-nos envolver por essa breve alegria que, no final das contas, se tornaria uma memória preciosa.
A vida é feita de momentos efêmeros, e é fácil subestimar o valor deles quando não sabemos que são fugazes. O tempo perdido é algo que não podemos recuperar, mas podemos aprender com ele. Que essas reflexões nos inspirem a abraçar o presente com mais consciência, a aproveitar cada encontro, cada riso e cada abraço como se fossem únicos. Que possamos nos lembrar de que o tempo é um bem valioso, e cabe a nós valorizá-lo em cada instante de nossas vidas.