A loucura do meu próprio veneno
Num mundo de razão e juízo estreito,
Ser louco parece quase um defeito.
Mas quem dera eu tivesse sido mais ousado,
Em vez de seguir apenas o caminho marcado.
Talvez eu devesse ter sido mais louco,
Não para fugir do destino, mas por pouco,
Para encontrar a verdadeira liberdade,
Na loucura, e na busca da felicidade.
Ah, como seria belo e encantado,
Ser louco, mas sem estar desvairado.
Ser louco de amor, de riso e de coragem,
Desafiando a norma, sem medo de miragem.
Talvez devesse ter sido mais louco, sim,
Mas não louco destrutivo, cheio de ruim.
Louco de amar intensamente, sem medida,
De viver cada momento com a alma despida.
Quem dera eu tivesse sido mais insano,
Para entender que a vida é um plano,
Não de regras e amarras a seguir,
Mas de aventura, de sonho a cumprir.
Então, que eu possa hoje enlouquecer,
Sem medo do que possam dizer.
Que eu possa ser louco, livre e sereno,
Vivendo da loucura do meu próprio veneno.